sexta-feira, 22 de março de 2024

PREGAÇÃO PARA DOMINGO DE RAMOS

 Mateus 21:1 a 11 – Marcos 11:1 a 11 – Lucas 19: 29 a 44 e João 12:12 a 19

INTRODUÇÃO:

·   Hoje a Igreja Cristã na face da terra relembra A ENTRADA TRIUNFAL DE JESUS EM JERUSALEM, DIA CONHECIDO COMO DOMINGO DE RAMOS, pois as pessoas simples do povo acolheram Jesus em Jerusalém, colocando seus vestidos e ramos de árvores pelo caminho onde Jesus passava sobre o Jumentinho.

·      Jesus veio ao mundo ser um de nós, para se sacrificar por nós, para pagar o preço do pecado de toda humanidade.

·         Durante 3 anos Jesus exerceu seu  Ministério Público na terra:

·         Sem pecado, apesar de tentado em todas as coisas (Hebreus 4:15), Ele foi o sacrifício perfeito e único.

·         Os 3 anos de Ministério de Jesus é dividido – 1º - Ano de Inauguração  2º - Ano de Popularidade – 3º - Ano de Oposição

·         Muitas curas, muitos ensinamentos, muitas instruções, muitos confrontos de visão.

·         Aí começam as retaliações...

 

·         A ÚLTIMA SEMANA DE JESUS AQUI NA TERRA FOI BASTANTE AGITADA

A.      DOMINGO – Entra em Jerusalém triunfalmente e volta para Betânia – Colônia de leprosos para Casa de Simão o leproso, onde uma mulher ungiu os pés de Jesus.

B.      SEGUNDA – Volta a Jerusalém, amaldiçoa a figueira estéril, expulsa os vendilhões do templo e volta outra vez para Betânia.

C.      TERÇA – Vai a Jerusalém pela manhã, vê a figueira seca, ensina no templo, é interrogado sobre sua autoridade, sobre o pagamento de tributo a César pelo fariseus e herodianos, Os saduceus o interrogam com relação a ressurreição; Jesus fala aos doutores da Lei sobre os dois mandamentos, Desmascarou a hipocrisia dos Escribas e Fariseus; viu a oferta da viúva; Voltou para Betânia e passou pelo Monte das Oliveiras e ali profetiza a destruição do templo e a ruína da nação Judaica e fala de sua vinda (Sermão Profético Escatológico);

D.      QUARTA – Em Betânia começa a conspiração de Judas, Na casa de Simão o leproso, uma mulher ungiu os pés de Jesus, Judas fica revoltado e se alia As autoridades judaicas para prendê-lo. Jesus fica em Betânia neste dia.

E.       QUINTA – Jesus manda 2 discípulos a Jerusalém preparar a última Páscoa;

F.       SEXTA – (Quinta para sexta – começando no pôr do sol) Mais tarde Jesus vai até a cidade, celebra a Páscoa, aplaca uma discussão entre os disciplulos sobre quais deles era o maior; Faz o lava pés; Diz que vai ser traído; Judas sái; Anuncia a queda de Pedro; Instituiu a Ceia; Faz um discurso de despedida e ora por seus discípulos (João 14 a 17); Vai para o Getsemani e traído com um beijo de Judas; é Preso.

·         É levado a presença do Sumo Sacerdote;

·         Pedro o nega 3 vezes;

·         De manhã é levado ao Sumo Sacerdote e ao Sinédrio (Tribunal), onde é escarnecido e condenado.

·         Sacerdotes e anciãos do povo levam Jesus a Pilatos para obter sua crucificação;

·         Pilatos proclama-O inocente e o remete a Herodes;

·         Herodes o devolve para Pilatos;

·   Pilatos tenta soltar Jesus, mas para não contrariar a multidão, O entrega para ser crucificado.

·         Judas comete suicídio;

·         Levam Jesus para o Calvário e o crucificam ÀS 09:00 Hs.

·         Jesus Morre às 15:00 Hs e mais tarde seu corpo é retirado e sepultado.

G.     SÁBADO – O Sepulcro é guardado;

H.      DOMINGO – É Festa: Ele não está no sepulcro – Ele ressuscitou.


QUERO DESTACAR 3 VERDADES DESTE TEXTO PARA NOSSA EDIFICAÇÃO:


1.       O CRISTIANISMO GENUINO SEMPRE VAI ENFRENTAR OPOSIÇÕES

·         Não tem como agradar a todos o tempo todo.

·         Como dissemos, Jesus teve 3 anos de Ministério

·         – 1º - Ano de Inauguração  2º - Ano de Popularidade – 3º - Ano de Oposição

·         Mais cedo ou mais tarde, você vai ter que se posicionar – SE NÃO NEGAR A FÉ – Vai ter grande amigos e grandes opositores. (Casa, trabalho, colégio, círculo de amizade, etc...)

·         Mas ainda que surjam grandes opositores, Não se preocupe, Não negue a fé, Seja fiel.

·         Grande é a recompensa (Hebreus 10:35-39)

 

2.       NÃO SE ILUDA COM OS APLAUSOSBUSQUE A APROVAÇÃO DE DEUS

·         O mesmo povo que aclamou Jesus no domingo de Ramos– Odiou-O com ódio cruel sexta, a ponto de pedir a sua crucificação.

·         Além da manipulação da liderança religiosa que fez com que o povo mudasse a concepção de Jesus tão radicalmente, do mais amado para o mais odiado, o povo se decepcionou com Jesus;

·         Não que Jesus os tivesse decepcionado com algum erro, mas porque a expectativa que o Povo tinha de Jesus era super equivocada.

·         Esperavam um Rei que iria destruir Roma e libertar o povo Judeu do domínio cruel deste povo.

·         Jesus confessou para Pilatos, quando perguntado se Ele era o Rei dos Judeus: (Lucas 18: 36) Sou Rei, O meu reino não é deste mundo: Se fosse, pelejariam os meus servos, para que eu não fosse entregue aos Judeus. O meu reino não é daqui.

·         A traição começou dentro do colégio apostólico: Judas Iscariotes.

·       O coração daquele povo estava na BENÇÃO TEMPORAL E NÃO NA BENÇÃO ETERNA. (LADRÃO NA CRUZ)

·         Muitas vezes nos decepcionamos também, quando a nossa visão não é servir, mas ser servido.

·     Quem tem a visão de Reino, nunca vai ser pego de surpresa. NÃO VIVE DE APLAUSO, NÃO VIVE DE ELOGIOS, MAS VIVE EM RAZÃO DA APROVAÇÃO DE DEUS! (Jovem Concertista)

 

3.       EU FAÇO PARTE DO PROJETO DE DEUS

·   Lucas 19:39 e 40 diz que quando os discípulos começaram a engrandecer o seu nome, Alguns da multidão pediram para que Jesus fizesse cala-los, mas Jesus lhes disse: Se eles se calarem, as próprias pedras clamarão.

·         Havia uma profecia, mencionada por Mateus ao relatar esta passagem, em Salmo 24:7 a 10, Zacarias 9:9 e Isaias 62:11, e iria cumprir de qualquer maneira.

·         ISAIAS PROFETIZOU QUE JESUS VERIA O FRUTO DE SEU PENOSO TRABALHO – Nós Somos este fruto. (diga pra Jesus: EU SOU O FRUTO DO TEU PENOSO TRABALHO)

·         Há um hino que cantamos que diz: QUE NÃO PASSE DE NÓS, O TEU ESPÍRITO ...QUE NÃO SEJA PRECISO QUE SE LEVANTE OUTRA GERAÇÃO DE ADORADORES.

·      Êxodo 14: 26 a 40 – Deus proclama que toda uma geração daqueles que tinham saído do Egito, acima de 20 anos, iriam morrer nos próximos 40 anos de deserto, pois tinham tentado a Deus por mais de 10 vezes.

·      Deus conta conosco. Deus conta comigo!

·      Mas, se eu não quiser, Ele levantará outro – se necessário uma nova geração, para que anuncie sua volta iminente.

 

Conclusão:

·         Nunca se esqueça:

·      Não existe cristianismo sem cruz, sem oposição, sem sofrimento – Mas, também não existe Cristianismo sem vitória. ELE VENCEU – E NÓS VAMOS VENCER – EM NOME DE JESUS

·    O QUE NOS INTERESSA É ARRANCAR UM SORRISO NO ROSTO DE JESUS, MESMO QUE PRÁ ISSO SEJAMOS VAIADOS PELO MUNDO.

·         Deus tem nos dado a HONRA DE FAZERMOS parte do seu projeto.

·         A OBRA DA REDENÇÃO ESTÁ CONCLUIDA! A OBRA DA PROCLAMAÇÃO DEUS DEIXOU PARA NÓS.

quarta-feira, 20 de março de 2024

24.03 A 30.03.2024 - REACENDENDO A PAIXÃO

TEXTO BASE: Tenho, porém, contra ti que abandonaste o teu primeiro amor. Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas. (Ap 2:4-5).

“Prazer em Deus é a saúde de sua alma. Essa é a chave da adoração aceitável. Deus não está satisfeito, nem nós somos renovados, por uma obediência repleta de tarefas, mas isenta de prazer.” – RICHARD BAXTER

INTRODUÇÃO:

Em seu livro Um coração ardente: acendendo o amor por Deus, John Bevere, um dos grandes mestres bíblicos da atualidade, declara: Os dias e tempos que vivemos hoje trazem com eles questões difíceis. Por que tantos na igreja não possuem essa paixão? Por que investimos milhões em mídia, edifícios, anúncios e inúmeras outras formas de propagarmos o evangelho, enquanto tantos na igreja ainda lutam contra a luxúria e o desejo pelos prazeres deste mundo? Por que mais de 80% dos convertidos acabam voltando para um mundo de trevas? Como os pecadores podem declarar que tiveram uma experiência de novo nascimento, mas não demonstrar nenhuma mudança?

Creio que a resposta para todas essas questões pode ser resumida de uma única maneira: a ausência do fogo e da paixão por Deus.

DESENVOLVIMENTO:

O PRIMEIRO AMOR: O que é esse primeiro amor a que o Senhor Jesus se refere nessa mensagem? É um fogo de grande intensidade em nosso íntimo, que coloca Jesus acima de todas as coisas. Isso foi muito bem exemplificado em uma das parábolas de Cristo: (Mt 13:44). O Senhor está falando de alguém que, além de transbordar de alegria por ter encontrado o reino de Deus, ainda se dispõe a abrir mão de tudo o que tem para desfrutar do seu achado. Essas duas características são evidentes na vida de quem teve um encontro real com Jesus. Essa alegria inicial foi mencionada por Jesus na parábola do semeador. O problema é que alguns cristãos permitem que ela desapareça diante de algumas provações: (Mt 13:20-21). Outros cristãos, por sua vez, até mesmo diante das mais duras provações, ainda permanecem transbordantes dessa alegria. Isso nos mostra que o responsável pela perda da paixão não são as circunstâncias em si. Pois, enquanto o amor de uns chega a se esfriar, o de outros não sofre dano algum, mesmo diante das adversidades. A questão é a atitude que cada um tem diante das circunstâncias. O primeiro amor é uma profunda resposta ao entendimento do amor de Cristo, o que nos leva a buscar e a servir ao Senhor com intensidade e paixão.

DEFININDO A PERDA DO PRIMEIRO AMOR: Portanto, a perda do primeiro amor é uma queda, é chamada de pecado, e necessita de arrependimento. Jesus classificou a perda da paixão inicial como sendo uma queda, que também é chamada de pecado, e que necessita de arrependimento. Há muitos crentes que continuam se dedicando ao trabalho do Senhor, mas perderam a paixão. Fazem o que fazem por hábito, por rotina, por medo, pelo galardão, por quaisquer outros motivos, os quais, acompanhados daquele primeiro amor intenso, fariam sentido, mas sozinhos não! A queixa que o Senhor faz é a de que esses crentes haviam abandonado o primeiro amor. O Senhor Jesus tampouco está exortando essa igreja por não o amar mais! Não se tratava de uma ausência completa de amor, pois ainda havia amor! No entanto, o amor deles havia perdido a sua intensidade e não era mais o amor que ele esperava encontrar neles! Muitas coisas contribuem para que o nosso amor pelo Senhor perca a sua intensidade.

No entanto, há quatro coisas, especificamente, que eu gostaria de enfatizar aqui. Se quisermos nos prevenir e evitar essa perda, ou se quisermos uma restauração, depois que perdemos esse amor, precisaremos entender esses aspectos e a maneira como eles nos afetam: 

1) O convívio com o pecado

2) A falta de profundidade

3) A falta de tratamento

4) As distrações.

O caminho de volta é o caminho da restauração. Foi o próprio Senhor Jesus quem propôs esse caminho: Lembra-te, pois, de onde caíste, arrepende-te e volta à prática das primeiras obras; e, se não, venho a ti e moverei do seu lugar o teu candeeiro, caso não te arrependas (Ap 2.5).

Cristo mencionou, no versículo acima, três passos práticos que devemos dar a fim de voltar ao primeiro amor:

1) Lembrança (lembra-te); 

2) Arrependimento (arrepende-te); 

3) Recomeço (volta à prática das primeiras obras).

É necessário um recomeço, ou seja, retornar ao que fazíamos no início da caminhada de fé. Essas primeiras obras a que Cristo se refere não são o primeiro amor em si, mas estão atreladas a ele. Elas são uma forma de expressar e alimentar o nosso primeiro amor. Elas têm a ver com a como buscávamos o Senhor antes e também com a maneira como nós o servíamos. É tempo de resgatar o nosso amor ao Senhor e dar-lhe nada menos que nosso amor total!

CONCLUSÃO:

Embora haja um caminho de volta para quem perdeu o primeiro amor, não precisamos chegar a esse ponto.

Podemos ser preventivos e evitar essa perda.

O amor puro e sincero é o que não se corrompe, que traz em si a perpetuidade, que dura para sempre.

Que possamos estar no grupo certo, entre os que amam com amor incorruptível e vivem em tamanha fascinação por Jesus ATÉ QUE NADA MAIS IMPORTE!

sábado, 16 de março de 2024

17.03 A 23.03.2024 - VIDAS PRECIOSAS DEMAIS

TEXTO: Atos 20:24 - Porém em nada considero a vida preciosa para mim mesmo, contanto que complete a minha carreira e o ministério que recebi do Senhor Jesus para testemunhar o evangelho da graça de Deus. 

“Se você não está pronto para morrer por uma causa, então você não está pronto para viver por ela.” – Martin Luther King Jr.

INTRODUÇÃO:

Hoje em dia, a gente fala sobre o que arde no coração de Deus, enfatiza a necessidade de os perdidos receberem a salvação, exalta a grandeza do ministério e, ainda assim, parece ser tão difícil despertar as pessoas para responder ao chamado divino.

O volume de gente disposta a servir a Cristo tem sido cada vez menor.

E olha que, proporcionalmente falando, a igreja de hoje é muito maior que a de quase quatro décadas atrás!

Por que a resposta ao chamado ministerial, especialmente no que tange a missões mundiais, tem se tornado cada vez mais rara?

DESENVOLVIMENTO:

Um dia desses, quando eu questionava o Senhor sobre o porquê desse baixo nível de resposta da igreja, o Espírito Santo falou comigo. Uma frase veio forte, eu arriscaria dizer “quase gritada”, ao meu coração: “Vidas valiosas demais!”

Imediatamente veio, também, ao meu coração, a seguinte passagem bíblica: (At 20:24). Em outras palavras, ele estava dizendo que não considerava a sua vida como valiosa ou estimada demais. É óbvio que não estou falando de não amar a si próprio ou não dar valor à vida. Estou falando de valorizar mais o propósito de Deus do que a própria vida! O segredo daqueles que se doam ao reino de Deus é a sua capacidade de não darem mais valor à vida em si do que à razão dela.

O espantoso é quando avaliamos, dentro do seu contexto, o que o apóstolo aos gentios disse: E qual é o contexto dessa afirmação? Encontramos isso nos versículos que precedem sua declaração: (At 20:22-23). Uau! Que declaração! Atualmente, quando desafiamos as pessoas a pregar o evangelho, lembrando e encorajando-as acerca do galardão vindouro, da recompensa eterna, já é difícil gerar resposta. Imagine, então, quão difícil seria se déssemos a elas a mesma garantia que Paulo tinha de que o que lhe aguardava eram cadeias e tribulações! O que leva alguém, à semelhança do apóstolo, a encarar esse tipo de desafio? Como alguém chega a esse ponto de topar qualquer coisa pelo chamado? A chave pode ser encontrada na frase em nada considero A VIDA PRECIOSA para mim mesmo.

O segredo de quem se entrega totalmente a Deus e ao seu reino é a sua capacidade de não valorizar a própria vida acima do chamado divino. Era isso que movia o apóstolo Paulo. Ele era norteado pelo seu propósito, pelo seu chamado.

Como dizia Myles Munroe: “A maior tragédia na vida não é a morte. É uma vida sem propósito”.  Ao longo dos séculos, os cristãos que fizeram diferença tinham algo em comum: a renúncia e a abnegação. Eram crentes que não amavam sua própria vida mais do que ao Senhor.

Estavam dispostos a sacrificar-se pelo bem maior, o chamado de Deus, a missão a ser cumprida. Sei que a nossa natureza carnal e egoísta tem a inclinação de lutar contra a autonegação. É o instinto de sobrevivência, diriam alguns. Não temos, necessariamente, que vivenciar uma grande emoção, um sentimento arrebatador, para chegar a essa dimensão de entrega.

O que precisamos é compreender alguns valores e princípios bíblicos.

PELO QUE VALE VIVER? Muitos mártires morreram pela fé ao longo dos séculos. Por quê?

Porque a exigência feita para que lhes fosse permitido continuar a viver era negar sua fé em Cristo. E imagino que a primeira coisa que eles, nessa hora, devem ter pensado foi algo parecido com isto: “Vale a pena viver depois de ter negado a Cristo?” E, penso eu, a resposta seria: “Claro que não!” A própria lógica, e não necessariamente a emoção, os remeteria à seguinte conclusão: “É melhor morrer do que viver fora do propósito de Deus!” Qual é o grande valor da nossa vida? O que torna a vida significativa? O que faz dela algo pelo qual vale a pena se viver? É uma vida que agrada a Deus, que nos leva a experimentar o cumprimento do nosso propósito. A própria Palavra de Deus nos ensina que há coisas pelas quais não vale a pena viver. Observe, por exemplo, o que Jesus falou acerca dos escândalos: (Mt 18:6-7). Não há como esperar um cristianismo sem escândalos. Cristo disse que é inevitável que eles aconteçam. Porém, embora ele deixe claro que não dá para evitá-los na vida coletiva, na história da cristandade, é possível evita-los em nossa vida pessoal. E a razão – uma muito boa razão – que nosso Senhor nos dá para evitar tais escândalos é a sua declaração (eu diria um tanto quanto assustadora): melhor lhe fora que se lhe pendurasse ao pescoço uma grande pedra de moinho, e fosse afogado na profundeza do mar. Sério? É isso mesmo que Jesus estava querendo dizer? Que seria melhor suicidar-se do que servir de escândalo?

Sim, goste você ou não, foi exatamente isso que ele falou. Entenda que eu não estou fazendo apologia ao suicídio e tampouco pode se dizer que Cristo tenha feito isso. As consequências do suicídio são graves, é algo muito sério. Portanto, ninguém pode dizer que essa é uma sugestão dada pelo Messias. O que ele estava dizendo era o seguinte: “Se você cogita a possibilidade de viver para servir de escândalo e, além de arruinar a sua própria vida, vai fazer tropeçar muitos dos meus pequeninos, seria melhor prejudicar só a si mesmo”. Ou seja, o juízo para quem serve de escândalo é pior do que o juízo para quem se mata. Encontramos nos versículos posteriores ao que estamos analisando o mesmo tipo de conselho. Observe: (Mt 18:8-9). O que é sugerido aqui? Que se corte o pé ou a mão? Que se arranque um olho? Não! A orientação é sobre não pecar!

E para demonstrar a seriedade e importância de observar essa orientação, bem como ajudar a tomar a decisão correta, Cristo mostra que seria melhor, ou menos grave, optar pela perda menor. Embora sábio mesmo seja não escolher nem um nem outro.

CONCLUSÃO:

Há coisas pelas quais não vale a pena viver. E viver para si, em vez de para o Senhor, certamente está entre elas.

segunda-feira, 4 de março de 2024

10.03 A 16.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA – PARTE 2

TEXTO: “Respondeu-lhes: Bem profetizou Isaías a respeito de vós, hipócritas, como está escrito: Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim. E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens.” – Marcos 7:6-7

INTRODUÇÃO: O ser humano, como já afirmamos, é extremamente focado na aparência. Conforme vimos em Marcos 7.6,7, ele consegue louvar a Deus com um coração distante somente para manter a aparência de devoção, ainda que esta seja superficial, fingida ou até mesmo inexistente.

DESENVOLVIMENTO:

JESUS CONFRONTA A VIDA APARENTE: O livro de Atos, detalhando um momento importante da igreja em seu início, relata a história de Ananias e Safira, um casal que estava mais preocupado em que as pessoas o vissem dando uma grande oferta do que com a atitude correta de agradar e obedecer ao Deus a quem eles ofertavam (At 5:1-11). Um triste e lastimável fato que não se limita só à vida desse casal! O Senhor Jesus nos instruiu em relação a isso, para que nos guardássemos de cair nesse tipo de armadilha: (Mt 6:1-4). Em outras palavras, o mestre advertia: “Não procure aparecer com o que você faz, senão sua recompensa se limitará a tão somente ser visto e reconhecido pelos homens. Haja discretamente, buscando agradar só a Deus e, assim, você guardará o seu coração de uma atitude errada, de uma vida aparente. E isso trará a recompensa divina a você!”

Observe que a intenção do ato de dar esmolas é claramente revelado na frase a fim de serem honrados pelos outros. E Cristo não falou acerca disso somente quando falava das esmolas, mas também ao ensinar sobre as orações e os jejuns: (Mt 6:5, 16-18). Obviamente, Jesus não estava nos proibindo de compartilhar com alguém uma experiência de jejum. Até por que ele mesmo também fez isso; do contrário, como ficaria o fato de os Evangelhos nos contarem acerca de seu jejum de quarenta dias? O erro não está no que fazemos e tampouco se contamos ou não aquilo que fazemos. A questão é o anseio de promover essa aparência de espiritualidade quando resolvemos anunciar aquilo que fazemos. Nós valorizamos demais a casca, a embalagem. Mas a verdade é que a forma não é tão importante quanto a essência. Veja o que o apóstolo Paulo ensinou aos coríntios: (2 Co 4:6). A essência (o tesouro interior) é o que tem valor. A embalagem em que ela se encontra (o vaso de barro) não tem a mesma importância. Quem deve receber destaque é o Senhor e seu poder, não a gente! Jesus não estava dizendo que nunca podemos ser vistos ou reparados pelos homens. Isso é inevitável. O que não podemos é desejar ser vistos ou esforçar-nos para estar em evidência. Isso deveria ser só uma consequência, um mero efeito colateral.

A RELIGIOSIDADE É PIOR QUE A IMORALIDADE: A religiosidade é algo tão perverso, tão espiritualmente venenoso, que, ao observar o ensino do Senhor Jesus, entendemos que ela pode ser pior até mesmo do que a imoralidade. Sim, é isso mesmo que estou afirmando. E por quê? Porque, diferentemente dos demais pecadores, o religioso, por sua aparência de piedade, é um pecador vacinado contra o arrependimento! Lemos na Bíblia que a perversa cidade de Sodoma teria se aberto ao ministério de Jesus e sua pregação de arrependimento, enquanto os judeus de seus dias, não. (Mt 11:23). Cafarnaum, lugar onde Cristo operou tantos milagres, terá juízo mais rigoroso que Sodoma! Por quê? Porque diante de milagres como os que Jesus operou, os piores pecadores de Sodoma tinham maior possibilidade de arrependimento. Pior do que um pecador (por mais terrível que seja) só mesmo um outro pecador que é vacinado contra o arrependimento. É isso que a religiosidade faz: bloqueia os pecadores contra o arrependimento. Ela promove um senso de justiça baseado na vida aparente que, por sua vez, o cega para a sua real condição espiritual. (Mt 21:28-32). Aprendemos a falar e nos comportar com ares de bons cristãos e, com isso, encobrir nossa desobediência.

Note que a Bíblia diz em (Tg 1:22-25), que aquele que não pratica a palavra engana a si mesmo. Essa pessoa não está enganando os outros, tampouco a Deus. Ela está enganando a si mesma! Muitos acreditam que, por demonstrarem aparência de piedade ao frequentar os cultos ou estudar a Bíblia sozinhos, alcançarão um lugar em Deus, mas isso não é verdade. A única coisa que legitima nossa entrada no reino de Deus é o reconhecimento do senhorio de Jesus; e este, por sua vez, só se evidencia por meio da obediência e sujeição total a Cristo. Na parábola de Jesus, compreendemos que o segundo filho, que a princípio rebela-se contra as ordens do Pai e depois arrepende-se de sua atitude e muda sua postura para a obediência, é quem agrada a Deus.

Uau! Jesus comparou o primeiro filho com os religiosos de sua época e o segundo, com as prostitutas, o que me faz concluir que a religiosidade chega a ser pior do que a imoralidade. Quem está no pecado, sabe que está errado e que tem de mudar, mas o problema do religioso é que, por sua aparência de piedade, ele se acha justo e perfeito.

CONCLUSÃO:

Conclui-se, então, que de nada adianta passar horas sentado na igreja, ouvindo a Palavra de Deus, agindo como quem diz sim a tudo que nosso Pai celestial nos pede, se depois não se faz o que ele nos ordenou.

A aparência de obediência não está entre os pecadores; está entre os religiosos.

Já a verdadeira obediência nem sempre está com eles!

segunda-feira, 19 de fevereiro de 2024

03.03 A 09.03.2024 - VIVENDO DE APARÊNCIA

TEXTO: Mateus 15:7-9

⁷ Hipócritas! Bem profetizou Isaías a vosso respeito, dizendo:

⁸ Este povo honra-me com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

⁹ E em vão me adoram, ensinando doutrinas que são preceitos de homens. 

 

 “O crescimento espiritual consiste mais no crescimento da raiz que está fora do alcance da visão.” – Matthew Henry

 

INTRODUÇÃO:

A religiosidade, que defino como a valorização da forma, da aparência, tem, em nome do zelo, roubado a essência da relação com Deus, que deveria ser honesta e sincera.

O formalismo frio de um culto sem coração desagrada profundamente a Deus.

Essa verdade nos é claramente apresentada pelo próprio Senhor Jesus, ao citar, e aplicar para os seus dias, a profecia de Isaías: (Mc 7: 6-9).

 

DESENVOLVIMENTO:

Cristo denunciou uma atitude dos religiosos de sua época que consistia em manter uma aparência de devoção sem que ela, de fato, existisse no coração.

Ele condenou o culto exterior que é desprovido do transbordar de uma paixão interior.

É evidente, na afirmação do mestre, que o anseio divino pelo coração do homem se aproximando dele é o mais importante.

Vejamos o protesto divino: Este povo me honra com os lábios, mas o seu coração está longe de mim.

O culto de lábios é mais do que aceito; é esperado. Desde que seja um transbordar de um coração inclinado ao Senhor.

O Pai Celeste espera que ofereçamos sempre, ininterruptamente, esse culto verbal: (Hb 13:15).

O problema não está nos lábios que adoram a Deus, e sim quando isso deixa de ser um transbordar do coração.

Jesus disse que a boca fala do que está cheio o coração (Mt 12.34).

Mas, nessa adoração que o profeta Isaías classificou como inútil, a boca está fazendo um esforço para declarar aquilo que o coração não está dizendo. Trata-se de mera encenação!

 

UM PROBLEMA ANTIGO:

Muita gente aprende a reproduzir um comportamento de piedade que é puro teatro. Deus não quer essa encenação;

Ele quer nosso coração! A atitude errada de viver tentando manter a aparência tem roubado o ser humano do melhor de Deus. E não é de hoje.

A humanidade tem a tendência de maquiar e esconder os pecados, bem como fingir espiritualidade, desde o início da sua existência.

Foi o que Adão e Eva fizeram ao pecar: (Gn 3: 7-10).

Ao perceber sua condição de nudez, o primeiro casal teve, como imediata reação, a tentativa de cobrir-se com folhas de figueira e depois de esconder-se.

Antes de focarem no conserto a ser feito com Deus, Adão e Eva se mostraram primeiramente preocupados com a sua própria imagem. A questão da aparência tem sido um problema desde o início da humanidade.

E há profecias bíblicas de que isso continuará até o fim: “Saiba disto: nos últimos dias sobrevirão tempos terríveis. Os homens serão egoístas, avarentos, presunçosos, arrogantes, blasfemos, desobedientes aos pais, ingratos, ímpios, sem amor pela família, irreconciliáveis, caluniadores, sem domínio próprio, cruéis, inimigos do bem, traidores, precipitados, soberbos, mais amantes dos prazeres do que amigos de Deus, tendo APARÊNCIA DE PIEDADE, mas negando o seu poder. Afaste-se também destes.” (2Tm 3.1-5, NVI).

As Escrituras afirmam que nos últimos dias os homens terão aparência de piedade, mas negarão o seu poder (a sua essência).

A deterioração humana será enorme! Ainda que esses homens não se classifiquem como amigos de Deus, eles tentarão manter a aparência de piedade.

A vida deles será totalmente contraditória à Palavra de Deus (penso que negar o poder divino é, basicamente, negar a transformação), mas ainda tentarão preservar a aparência de piedade. Isso é trágico!

Às vezes trocamos a busca pela aparência dela; substituímos o desejo sincero da presença de Deus por uma busca fundada somente na aparência, que só tem a única motivação de levar as pessoas a criarem uma imagem melhor de nós e de nossa espiritualidade.

Muitas vezes, parece que o que queremos mais é impressionar as pessoas, em vez de nos dedicar a alcançar o coração de Deus. Essa é a razão pela qual Jesus confrontou tanto esse estilo de vida aparente.

 

CONCLUSÃO:

Hoje o Espírito Santo nos diz: “Eu não quero apenas que você me busque. Eu desejo que você queira me buscar.”

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

O RELIGIOSO

Aprecia o mérito.

Ama ser reconhecido, bajulado.

Julga o próximo à luz de si mesmo. 

Nunca está satisfeito. 

Semeia suas críticas ferinas. 

Machuca as pessoas. 

Trabalha para se destacar e assumir liderança. 

Cobra dos outros o que ele mesmo não pode fazer.

Acena com a hipocrisia.

É frio em relação ao sofrimento alheio.

Acha que sabe mais do que os outros e tem resposta para quase tudo.

Não é ensinável, mas quer ensinar os outros. 

Geralmente é disperso, tem um grande déficit de atenção. 

É formal. 

Escorregadio. 

Acometido da síndrome do irmão mais velho da parábola do filho pródigo. 

Suas orações são repetitivas e cheia de jargões. 

Acha-se dono da igreja. 

Cria obstáculos para o crescimento do próximo. 

Ama os cargos na igreja. 

Foge das cargas. 

Aprecia a sua vitimização e a manipulação das pessoas. 

Tem extrema dificuldade de reconhecer seus desacertos, se arrepender e pedir perdão. 

Gosta muito do pódio. 

Tem extrema dificuldade de relacionamento.

Vive de passado. 

Aprecia o tradicionalismo em detrimento da tradição. 

É especialista em criar ou promover veladamente  contendas e divisões no Corpo de Cristo, a Igreja. 

A maledicência faz parte do seu estilo de vida. 

É dissimulado. 

Produz um péssimo testemunho onde transita. 

Geralmente trabalha contra o obreiro da igreja. 

Substitui a Glória de Deus pela glória de si mesmo. 


AUTOR: Rev. Oswaldo Luiz Gomes Jacob

OBSERVAÇÃO: Mensagem recebida via Whats-App

quarta-feira, 7 de fevereiro de 2024

GMC - IGREJA METODISTA GLOBAL


Este é o símbolo da nova igreja Metodista Global.

A nova denominação defende a teologia tradicional e conservadora Wesleyana, mas funciona em uma infraestrutura mais leve e enxuta.

As congregações metodistas que sabem que seu futuro não está na Igreja Metodista Unida (UMC) oficialmente têm um novo lugar para pousar: a Igreja Metodista Global (GMC).

A denominação mais enxuta se concentrará em parcerias internacionais. A nova denominação planeja defender a teologia tradicional e conservadora Wesleyana, mas funciona em uma infraestrutura mais leve e enxuta que enfatiza a responsabilidade de base e as conexões ministeriais.

Após anos de atrasos, com a próxima oportunidade de votar em uma proposta de divisão agendada para 2024, algumas congregações da UMC nos EUA estão iniciando o processo de desfiliação e planejam ingressar no GMC o mais rápido possível. 

Leia a matéria na íntegra

https://comunhao.com.br/metodistas-conservadores-lancam-igreja-metodista-global/#

domingo, 14 de janeiro de 2024

25.02 A 02.03.2024 - VOLTANDO À FONTE

TEXTO: João 15:5 - Eu sou a videira, vós, os ramos. Quem permanece em mim, e eu, nele, esse dá muito fruto; porque sem mim nada podeis fazer.

 

“Quem não faz da oração um importante fator em sua vida, é fraco na obra de Deus e impotente para projetar a causa de Deus ao mundo.” – E.M.BOUNDS

 

INTRODUÇÃO:

Super-herói espiritual não existe, pois todos nos cansamos; temos limites.

A razão pela qual o Senhor instituiu o descanso é que precisamos dele.

Embora inicialmente apresentemos relativa dificuldade para aceitar, o tempo e a experiência nos mostram que este é um fato: a cada um de nós sobrevirá aquele momento de desgaste, principalmente após as batalhas e ministrações à outras pessoas.

Mesmo quando ministramos no poder do Espírito, nos cansamos.

Não sentimos isso enquanto estamos sob a unção, mas, quando ela se vai, é aí que percebemos quão limitados somos.

 

DESENVOLVIMENTO:

 

§         O DESGASTE DA BATALHA: A Bíblia fala acerca de como Elias, depois de sair de um dos mais espetaculares cenários de avivamento, quando viu descer fogo do céu sobre o sacrifício e a nação cair de joelhos gritando “Só o Senhor é Deus”, fugiu de Jezabel e escondeu-se numa caverna, pediu para si a morte. O que houve com o profeta? Ele vivenciou o que classifico como “ressaca ministerial”. Embora a primeira ideia sobre ressaca seja a de alguém que está sofrendo do abuso do álcool, há outros conceitos englobados nessa palavra, onde encontramos uma consequência de algum tipo de exagero ocorrido. Há um exemplo nas Escrituras que se enquadra perfeitamente nesse contexto do desgaste da batalha, da ressaca ministerial. É o caso de Sansão (Jz 15: 14-17). É importante lembrar que Sansão não possuía nenhuma força descomunal, a não ser quando o Espírito de Deus se apossava dele; salvo essas ocasiões, era um homem normal. Depois de ter sido usado poderosamente pelo Senhor, a unção se retirou dele, mas deixou um saldo de grande desgaste. Ou seja, aquela força que havia se manifestado não era dele, mas o corpo, sim; portanto, quando a força se foi, restou o cansaço. Seria muita ingenuidade de nossa parte supor que jamais poderíamos experimentar o mesmo. Muitas vezes, depois de vencermos o inimigo externo, descobrimos que não podemos lidar com a nossa própria limitação! (Jz 15: 18-19). O corpo de Sansão quase sucumbiu, pois o esforço de matar (e empilhar e contar) aqueles mil homens foi muito grande. A Bíblia diz que o desgaste foi tamanho que ele quase morreu de sede. Existem dois níveis de unção: a externa e a interna.  A unção externa é aquela em que o Espírito Santo vem sobre nós; esse tipo de unção nos leva a fazer alguma coisa para Deus. A unção interna é aquela em que o Espírito Santo flui em nós, do lado de dentro; esse tipo de unção está relacionado com o que Deus faz por nós.

 

§         A FONTE DO QUE CLAMA: A fonte que Deus abriu ganhou um nome: En-Hacore, que significa “a fonte do que clama”, pois foi em oração que Sansão a alcançou. Deus não abriu a fonte para Sansão apenas porque ele necessitava disso. Esse juiz de Israel estava a ponto de morrer de sede, mas não foi sua necessidade que gerou a intervenção divina. Foi o seu clamor! Semelhantemente, cada um de nós também precisa dessa fonte, que só pode ser experimentada mediante a oração. Somente essa fonte pode nos proporcionar refrigério e descanso quando nos encontramos cansados da batalha. E o que essa fonte simboliza? Um dos símbolos do Espírito Santo, na Bíblia, é o de uma fonte: (Jo 7: 37-39). Jesus falou sobre um saciar da sede bebendo de um rio que jorra do íntimo de cada um de nós. A Bíblia diz que a água flui do nosso interior; e eu pergunto: por onde jorra? Por nossos lábios, quando oramos! Oração não é algo opcional. É uma questão de sobrevivência! Então por que a maioria de nós não parece levar a sério a vida de oração? Apenas saber que orar é importante, necessário, fundamental, não resolverá o problema gerado por nossa omissão. Acredito que isso só tem um remédio: a paixão pelo Senhor. A fascinação por sua presença, a realização que encontramos somente nos encontros com ele, deveria ser o nosso combustível para correr à fonte todos os dias.

 

CONCLUSÃO:

Nada deve nos afastar de nossa fonte!

O nosso relacionamento diário com Deus determina não só o sucesso, como a sobrevivência do nosso ministério, portanto ele jamais deve ser negligenciado.

domingo, 31 de dezembro de 2023

18.02 A 24.02.2024 - MANANCIAL OU CISTERNA?

TEXTO: “Porque dois males cometeu o meu povo: a mim me deixaram, o manancial de águas vivas, e cavaram cisternas, cisternas rotas (rachadas), que não retêm as águas.” (Jr 2.13).

‘Não há nada que diga a verdade a nosso respeito como cristãos tanto quanto nossa vida de oração.” – Martyn Lloyd-Jones


INTRODUÇÃO:

Nos dias em que Deus liberou essa palavra por meio do profeta Jeremias, não havia água encanada e o povo dependia dos mananciais para a sua sobrevivência.

Contudo, tanto pela falta de mananciais (que não eram encontrados em qualquer lugar) como pelo comodismo de não precisarem buscar água todos os dias, as pessoas passaram a usar cisternas.

A cisterna era um reservatório de águas das chuvas, e era muito prática, uma vez que, pelo fato de armazenar água, ela evitava o esforço da caminhada diária em busca de uma fonte.

Essa era uma realidade comum a todos os povos da antiguidade, razão pela qual Deus escolheu justamente essa figura para ilustrar a verdade espiritual que o seu povo tanto necessitava ouvir e entender.

 

DESENVOLVIMENTO:

·         CISTERNAS ROTAS: O Senhor chamou de rotas as cisternas que o seu povo vinha cavando, enfatizando que elas não podiam armazenar água. Estamos falando da diferença entre beber da fonte ou de um reservatório. Portanto, nessa comparação que o Senhor fez, a conclusão é uma só: Quem bebe da fonte tem a água, ao passo que quem tenta fazer uso do reservatório acaba ficando sem ela! Muitos de nós achamos que é possível “driblar” o princípio da busca diária e tentamos “encher os nossos reservatórios” nos cultos semanais. Há pessoas que durante toda a semana não oram, não adoram, tampouco leem a Bíblia, mas acham que frequentar um culto é suficiente para mantê-las abastecidas. Por que preferimos encher as nossas cisternas, em vez de irmos diariamente à fonte? Talvez seja por mero comodismo, mas o fato é que temos falhado numa área vital do nosso relacionamento com o Pai celestial. Ninguém sobrevive de estoques em sua vida espiritual. Não existe uma espécie de “crente camelo”, que enche o tanque e suporta quarenta dias de caminhada no deserto! Entretanto, muitos de nós agimos como se isso fizesse parte da nossa realidade. Essa ideia de beber da fonte é usada por Deus em toda a Bíblia. Creio que isso serve para cultivar em nós uma mentalidade correta com relação ao nosso relacionamento com ele. (Jo 4:10, 13, 14; 7:37-38) e (Ap 7:17; 22:17).

 

·         A BUSCA DIÁRIA: Deus espera que o busquemos todos os dias. Isso me parece bem claro na oração modelo que Jesus nos ensinou: (Mt 6.11). E quanto ao dia seguinte? Devemos voltar a buscar o Senhor a cada novo dia (Mt 6.34). Quando o Senhor Jesus nos ensinou a depender de Deus para a nossa provisão, ele não quis dizer que deveríamos simplesmente ficar sentados e esperar. Ao contrário, percebemos que o caminho bíblico proposto é o de irmos ao Senhor em oração diariamente. Há uma relação entre esse ensino do Senhor Jesus e o que aconteceu nos dias de Moisés com relação ao maná, o pão do céu. Vemos que, depois que a nação de Israel deixou o Egito e saiu pelo deserto em direção a Canaã, eles se encontraram em grandes dificuldades para obter o seu próprio alimento, uma vez que, em viagem, não tinham tempo nem condições de plantar e colher. O resultado foi o envio da provisão divina e diária do maná: (Êx 16:4). A cada novo dia, os israelitas tinham que se levantar em busca do pão. Deus queria que fosse exatamente assim: (Êx 16: 19-21). O que temos aqui não é apenas uma lição de dependência, mas inclui também os parâmetros divinos segundo os quais o povo deveria relacionar-se com o Senhor. Aparentemente, era isso o que acontecia no jardim do Éden, onde Deus visitava os seus filhos diariamente (Gn 3.8). Observe a desobediência deliberada e imediata dos israelitas. O Senhor claramente os advertiu de não estocar o maná para o dia seguinte. Ele prometeu uma nova porção a cada novo dia. Ainda assim, eles lhe desobedeceram e tentaram fazer reservas para o dia seguinte. Por quê? Para não terem que se preocupar em buscar o maná todo dia. Isso é comodismo. Não há como trabalhar com estoques no que diz respeito à presença de Deus. Devemos buscá-lo a cada novo dia. O que experimentamos dele num dia não elimina a necessidade de continuar a buscá-lo no dia seguinte. Como registrou o profeta Jeremias, falando da misericórdia do Senhor, elas renovam-se cada manhã (Lm 3.23). Não que ela tenha prazo de validade. As “cotas” do que Deus nos disponibiliza é que são liberadas diariamente para que sempre voltemos à fonte. Há uma renovação diária não só das misericórdias divinas, mas do nosso ser interior. Paulo declarou aos coríntios: ... mesmo que o nosso homem exterior se corrompa, contudo, o nosso homem interior se renova de dia em dia (2Co 4.16). E essa renovação é automática? Não! Ela só é alcançada ao buscarmos o Senhor.

 

CONCLUSÃO:

Decida hoje mesmo a investir em seu relacionamento diário com o Senhor e a fazer disso a sua fonte de águas vivas.

Não se deixe levar pelo desejo de cavar para você mesmo uma cisterna rota que não retém as águas.

Chegar ao ponto crucial da busca ao Senhor, onde nada mais importa, envolve tanto a intensidade como a frequência.

Não pode haver, em nosso relacionamento com Deus, somente um desses elementos.